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MoedasDepois de uma conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, disse ter ficado convencido de que o político petista não vai fazer campanha por algum candidato na sucessão da entidade máxima do futebol brasileiro.
"Ele [Lula] me garantiu que não irá participar da disputa. De qualquer disputa -destacou bem. Não irá de forma nenhuma participar de qualquer disputa na CBF", declarou Marin à Folha.
Lula torce pelo Corinthians e é amigo de Andres Sanchez, ex-presidente do clube, desafeto de Marin e possível candidato de oposição a presidir a CBF. "Ele [Lula] poderá ter simpatia, o que é legítimo. Poderá até dar o seu apoio pessoal. Mas não irá fazer campanha por nenhum candidato. Isso eu tenho certeza absoluta", disse o cartola do futebol brasileiro.
O presidente da CBF, José Maria Marin, caminha por obras na Granja Comary, em Teresópolis, no Rio
A entrevista foi concedida na cidade fluminense de Teresópolis, a 90 km do Rio. A Folha havia solicitado há algum tempo uma conversa com o presidente da CBF. Ele convidou o jornal para acompanhá-lo, na última sexta-feira, durante uma viagem no helicóptero da entidade, que o transportou de São Paulo até a Granja Comary, naquele município serrano.
Pela primeira vez, Marin, 81 anos, detalhou o cronograma para sucessão no comando da CBF. Seu mandato vai até abril de 2015. Como o estatuto permite que a eleição se dê até um ano antes da posse do novo presidente, ele disse pretender realizar a disputa em abril ou maio de 2014.
"Não medirei esforços, de uma maneira franca e leal, mas respeitosa, para eleger o meu sucessor", declarou. Essa pessoa deve ser Marco Polo Del Nero, atual vice-presidente da CBF e presidente da Federação Paulista de Futebol. Marin o elogia, mas evita nomeá-lo já de maneira explícita como sucessor.
Quando será o anúncio público de seu candidato? "Devo falar o nome, possivelmente, por ocasião da inauguração da nova Granja Comary ou da inauguração do novo prédio da futura sede da CBF, o que deverá ocorrer em dezembro ou janeiro".
Nacionalista convicto, Marin reclamou há algum tempo ao treinador da seleção, Luiz Felipe Scolari, da displicência de jogadores durante a execução do Hino Nacional. Como providência, ao serem convocados, os atletas agora recebem um papel com a letra do hino.
Marin quer mais. Considerou bom o desempenho dos jogadores na final da Copa das Confederações, na vitória por 3 a 0 do Brasil sobre a Espanha. Encomendou CDs com as imagens. "Eu vou agora ao desejar boas vindas aos futuros integrantes da seleção brasileira também com um CD especial, um verdadeiro ato de civismo dos nossos jogadores", afirmou.
Admirador de Scolari, com quem diz conversar "quase diariamente", Marin acredita que seu treinador "já tenha, no mínimo, 17 jogadores como certos para a Copa do Mundo". A partir de agora, só fará testes para preencher a lista final de 23.
Na entrevista, o presidente da CBF também reafirma que todos os 12 estádios estarão prontos para a Copa do Mundo de 2014. E que a abertura "será em São Paulo, na Arena Corinthians, em Itaquera".
Apesar de ter sido vaiada na abertura da Copa das Confederações neste ano, a presidente Dilma Rousseff já foi convidada para a o jogo inicial do torneio do ano que vem. Ela vai? "Essa é uma questão de foro íntimo. O que posso dizer é que ela será sempre bem-vinda. É um prestígio para todos nós".
A seguir, trechos da entrevista:
Folha - O sr. indicou nesta semana que não será candidato à reeleição na presidência da CBF. É isso mesmo?
José Maria Marin - Eu não serei candidato à reeleição em hipótese alguma. Estou cumprindo uma missão. Vou entregar uma CBF perfeitamente em ordem para o meu sucessor.
O seu mandato vai até abril de 2015. O estatuto da CBF permite que a eleição seja até um ano antes. Quando será?
O estatuto nos faculta essa escolha. Então, entre abril e maio de 2014 será escolhido o novo presidente da CBF. Irei simplesmente cumprir o estatuto.
O seu candidato predileto é Marco Polo Del Nero?
O Marco Polo Del Nero, meu vice-presidente e presidente da Federação Paulista de Futebol, preenche todos os requisitos necessários para ser o futuro presidente da CBF. Entretanto, temos um calendário pela frente. Nesse calendário, teremos antes das eleições de pensar no grande objetivo do povo brasileiro que é a conquista do título de campeão mundial de futebol em nosso país.
Entre os eventuais candidatos de oposição para presidir a CBF está Andrés Sánchez. Ele tem a simpatia do ex-presidente Lula. O sr. acha que Lula vai trabalhar a favor dessa candidatura?
O Andrés Sanchez eu considero um amigo. Tem bons serviços prestados ao futebol brasileiro. Ele tem todo o direito de se candidatar. Agora, com respeito ao apoio do nosso amigo e grande esportista, o sempre presidente Lula, somente a ele caberá responder se vai apoiar ou não aquele todos nós sabemos que é seu amigo.
É apropriado que o ex-presidente Lula participe dessa disputa?
Eu acredito que é todo direito do presidente Lula ter simpatia por um candidato a presidente da CBF. O que eu acho muito difícil é que ele... entre ter simpatia e participar de eleição há uma diferença muito grande. E como eu e o Marco Polo Del Nero e tantos outros dirigentes do futebol brasileiro somos amigos também do presidente Lula, eu acho que ele poderá ter simpatia por um determinado candidato, mas não irá fazer campanha com relação à eleição do presidente da CBF.
O sr. acredita que ele não fará campanha?
Ele poderá ter simpatia, o que é legítimo. Poderá até dar o seu apoio pessoal. Mas não irá fazer campanha por nenhum candidato. Isso eu tenho certeza absoluta. Pois todos nós somos seus amigos.
Lula já falou isso para o sr.?
Já estivemos conversando sobre isso.
Nesses termos?
Ele me garantiu que não irá participar da disputa. De qualquer disputa -destacou bem- não irá de forma nenhuma participar de qualquer disputa na CBF.
O sr. prefere, por enquanto, não dizer explicitamente quem será o seu candidato?
Eu direi qual será o meu candidato obedecendo o calendário.
Mas a eleição é em abril ou maio. Quando o sr. falará publicamente quem é seu candidato?
Devo falar o nome, possivelmente, por ocasião da inauguração da nova Granja Comary ou da inauguração do novo prédio da futura sede da CBF, o que deverá ocorrer em dezembro ou janeiro.
Não medirei esforços, de uma maneira franca e leal, mas respeitosa, para eleger o meu sucessor.
Tenho dois compromissos comigo mesmo. De não ser candidato à reeleição. E vou cumprir esse compromisso.
E o outro?
O outro é que o candidato que vou apoiar deverá ter dois requisitos. Continuidade na nossa administração e principalmente elegância e respeito à conclusão do meu mandato -uma vez que após a eleição haverá quase um ano para a sua posse efetiva no cargo.
Os jogadores parecem ter se esforçado para aprender a letra do Hino Nacional. Alguma providência tem sido tomada nessa área?
Fiz um comentário com o Luiz Felipe Scolari e com o Parreira. Não gostaria de ver o nosso Hino Nacional sendo cantado pela torcida toda e alguns jogadores mascando chiclete, ou arrumando a meia ou até se aquecendo. Eu ficaria muito feliz se houvesse uma mudança nesse comportamento. E felizmente ocorreu para melhor.
Há alguma providência adicional?
Eu vou agora ao desejar boas vindas aos futuros integrantes da seleção brasileira, não só deixar, como temos feito, a página contendo a letra do Hino Nacional, como também um CD especial da final do Brasil contra a Espanha [na Copa das Confederações deste ano], um verdadeiro ato de civismo dos nossos jogadores.
Então vão receber a letra impressa do Hino Nacional e um CD de como o Hino foi cantado na final da Copa das Confederações?
Isso, vai ser acrescentado o CD. Mas principalmente lembrando a determinação e o comprometimento dos jogadores como um todo.
*Quantos jogadores já convocados são considerado o núcleo duro da seleção e certos para a Copa de 2014? *
Eu e o Felipe Scolari nos falamos quase diariamente. Acredito que ele já tenha, no mínimo, 17 jogadores como certos para a Copa do Mundo.
A partir de agora haverá um privilégio de convocação de jogadores do exterior para preservar os clubes brasileiros?
Dependendo das necessidades o Felipe Scolari irá adequando as necessidades dos clubes. Claro que a seleção terá total prioridade. Mas vamos procurar adequar.
Quantas cidades de fato serão sede da Copa do Mundo? 10? 12?
Todas as 12 estarão com os seus estádios concluídos. Tudo estará pronto.
Nesse caso o estádio de São Paulo, do Corinthians, estará pronto e vai abrigar o jogo de abertura?
Não tenho nenhuma dúvida de que a abertura será em São Paulo, na Arena Corinthians, em Itaquera.
Como o sr. se sentiu na abertura da Copa das Confederações, em Brasília, quando a torcida vaiou Joseph Blatter e a presidente Dilma Rousseff?
O público frequentador de estádios é totalmente diferenciado de qualquer outro público. Sempre corremos o risco de algo surpreendente. De qualquer forma, a nossa presidente deve ser tratada com o maior respeito, em qualquer local.
Sempre se fala que a relação entre a CBF e a presidente Dilma é apenas protocolar. É isso mesmo?
Nós temos o relacionamento necessário e indispensável entre duas instituições, a Presidência da República e a CBF. É o relacionamento necessário porque temos funções distintas. Ela tem a função de dirigir o país. Nós, de cuidar do futebol brasileiro.
A presidente Dilma deve ir à abertura da Copa do Mundo?
A presidente foi convidada, mas somente a sua agenda é que irá dizer dessa possa possibilidade.
O sr. recomendaria a ela ir?
Essa é uma questão de foro íntimo. O que posso dizer é que ela será sempre bem-vinda. É um prestígio para todos nós.
O prédio da sede nova da CBF foi adquirido de uma forma que levou a uma interpretação de que houve superfaturamento. O que ocorreu?
Não tem a menor procedência. Falaram em conjuntos e salas. É um edifício de três blocos com praticamente 7.000 metros quadrados de construção, descontada a área de garagem. Também foi composta uma comissão com o diretor jurídico e presidentes de federações. Todas as avaliações apresentadas e o IPTU do imóvel correspondem ao preço pago. Hoje, o prédio vale, no mínimo, o dobro.
No caso da sua propriedade na rua Colômbia, em São Paulo, há uma acusação de que o sr. teria incorporado um terreno público adjacente. Houve isso?
Totalmente improcedente. Era uma praça abandonada que servia esconderijo para assaltantes e que foi apenas remodelada e jamais usada como meu patrimônio.
Não foi anexada?
Nunca foi anexada e nunca foi usada. Isso vai ser comprovado através dos esclarecimentos necessários e pelos processos movidos.
O sr. foi convidado para depor na Comissão Municipal da Verdade. Mas não aceitou o convite. Por quê?
Porque não tenho nada o que fazer lá. Nunca tive absolutamente nada com os fatos mencionados. Querem transformar uma mentira repetida mil vezes em verdade. Um pequeno aparte dado em 1975 referente a obras realizadas pelo governo do Estado de São Paulo e não divulgadas por uma emissora sustentada pelo governo de São Paulo. Não tem nenhuma relação com o episódio relacionado por aqueles que me convocaram. Não tenho nada a ver e nunca mencionei esse nome e nem vou mencionar agora.
"Ele [Lula] me garantiu que não irá participar da disputa. De qualquer disputa -destacou bem. Não irá de forma nenhuma participar de qualquer disputa na CBF", declarou Marin à Folha.
Lula torce pelo Corinthians e é amigo de Andres Sanchez, ex-presidente do clube, desafeto de Marin e possível candidato de oposição a presidir a CBF. "Ele [Lula] poderá ter simpatia, o que é legítimo. Poderá até dar o seu apoio pessoal. Mas não irá fazer campanha por nenhum candidato. Isso eu tenho certeza absoluta", disse o cartola do futebol brasileiro.
O presidente da CBF, José Maria Marin, caminha por obras na Granja Comary, em Teresópolis, no Rio
A entrevista foi concedida na cidade fluminense de Teresópolis, a 90 km do Rio. A Folha havia solicitado há algum tempo uma conversa com o presidente da CBF. Ele convidou o jornal para acompanhá-lo, na última sexta-feira, durante uma viagem no helicóptero da entidade, que o transportou de São Paulo até a Granja Comary, naquele município serrano.
Pela primeira vez, Marin, 81 anos, detalhou o cronograma para sucessão no comando da CBF. Seu mandato vai até abril de 2015. Como o estatuto permite que a eleição se dê até um ano antes da posse do novo presidente, ele disse pretender realizar a disputa em abril ou maio de 2014.
"Não medirei esforços, de uma maneira franca e leal, mas respeitosa, para eleger o meu sucessor", declarou. Essa pessoa deve ser Marco Polo Del Nero, atual vice-presidente da CBF e presidente da Federação Paulista de Futebol. Marin o elogia, mas evita nomeá-lo já de maneira explícita como sucessor.
Quando será o anúncio público de seu candidato? "Devo falar o nome, possivelmente, por ocasião da inauguração da nova Granja Comary ou da inauguração do novo prédio da futura sede da CBF, o que deverá ocorrer em dezembro ou janeiro".
Nacionalista convicto, Marin reclamou há algum tempo ao treinador da seleção, Luiz Felipe Scolari, da displicência de jogadores durante a execução do Hino Nacional. Como providência, ao serem convocados, os atletas agora recebem um papel com a letra do hino.
Marin quer mais. Considerou bom o desempenho dos jogadores na final da Copa das Confederações, na vitória por 3 a 0 do Brasil sobre a Espanha. Encomendou CDs com as imagens. "Eu vou agora ao desejar boas vindas aos futuros integrantes da seleção brasileira também com um CD especial, um verdadeiro ato de civismo dos nossos jogadores", afirmou.
Admirador de Scolari, com quem diz conversar "quase diariamente", Marin acredita que seu treinador "já tenha, no mínimo, 17 jogadores como certos para a Copa do Mundo". A partir de agora, só fará testes para preencher a lista final de 23.
Na entrevista, o presidente da CBF também reafirma que todos os 12 estádios estarão prontos para a Copa do Mundo de 2014. E que a abertura "será em São Paulo, na Arena Corinthians, em Itaquera".
Apesar de ter sido vaiada na abertura da Copa das Confederações neste ano, a presidente Dilma Rousseff já foi convidada para a o jogo inicial do torneio do ano que vem. Ela vai? "Essa é uma questão de foro íntimo. O que posso dizer é que ela será sempre bem-vinda. É um prestígio para todos nós".
A seguir, trechos da entrevista:
Folha - O sr. indicou nesta semana que não será candidato à reeleição na presidência da CBF. É isso mesmo?
José Maria Marin - Eu não serei candidato à reeleição em hipótese alguma. Estou cumprindo uma missão. Vou entregar uma CBF perfeitamente em ordem para o meu sucessor.
O seu mandato vai até abril de 2015. O estatuto da CBF permite que a eleição seja até um ano antes. Quando será?
O estatuto nos faculta essa escolha. Então, entre abril e maio de 2014 será escolhido o novo presidente da CBF. Irei simplesmente cumprir o estatuto.
O seu candidato predileto é Marco Polo Del Nero?
O Marco Polo Del Nero, meu vice-presidente e presidente da Federação Paulista de Futebol, preenche todos os requisitos necessários para ser o futuro presidente da CBF. Entretanto, temos um calendário pela frente. Nesse calendário, teremos antes das eleições de pensar no grande objetivo do povo brasileiro que é a conquista do título de campeão mundial de futebol em nosso país.
Entre os eventuais candidatos de oposição para presidir a CBF está Andrés Sánchez. Ele tem a simpatia do ex-presidente Lula. O sr. acha que Lula vai trabalhar a favor dessa candidatura?
O Andrés Sanchez eu considero um amigo. Tem bons serviços prestados ao futebol brasileiro. Ele tem todo o direito de se candidatar. Agora, com respeito ao apoio do nosso amigo e grande esportista, o sempre presidente Lula, somente a ele caberá responder se vai apoiar ou não aquele todos nós sabemos que é seu amigo.
É apropriado que o ex-presidente Lula participe dessa disputa?
Eu acredito que é todo direito do presidente Lula ter simpatia por um candidato a presidente da CBF. O que eu acho muito difícil é que ele... entre ter simpatia e participar de eleição há uma diferença muito grande. E como eu e o Marco Polo Del Nero e tantos outros dirigentes do futebol brasileiro somos amigos também do presidente Lula, eu acho que ele poderá ter simpatia por um determinado candidato, mas não irá fazer campanha com relação à eleição do presidente da CBF.
O sr. acredita que ele não fará campanha?
Ele poderá ter simpatia, o que é legítimo. Poderá até dar o seu apoio pessoal. Mas não irá fazer campanha por nenhum candidato. Isso eu tenho certeza absoluta. Pois todos nós somos seus amigos.
Lula já falou isso para o sr.?
Já estivemos conversando sobre isso.
Nesses termos?
Ele me garantiu que não irá participar da disputa. De qualquer disputa -destacou bem- não irá de forma nenhuma participar de qualquer disputa na CBF.
O sr. prefere, por enquanto, não dizer explicitamente quem será o seu candidato?
Eu direi qual será o meu candidato obedecendo o calendário.
Mas a eleição é em abril ou maio. Quando o sr. falará publicamente quem é seu candidato?
Devo falar o nome, possivelmente, por ocasião da inauguração da nova Granja Comary ou da inauguração do novo prédio da futura sede da CBF, o que deverá ocorrer em dezembro ou janeiro.
Não medirei esforços, de uma maneira franca e leal, mas respeitosa, para eleger o meu sucessor.
Tenho dois compromissos comigo mesmo. De não ser candidato à reeleição. E vou cumprir esse compromisso.
E o outro?
O outro é que o candidato que vou apoiar deverá ter dois requisitos. Continuidade na nossa administração e principalmente elegância e respeito à conclusão do meu mandato -uma vez que após a eleição haverá quase um ano para a sua posse efetiva no cargo.
Os jogadores parecem ter se esforçado para aprender a letra do Hino Nacional. Alguma providência tem sido tomada nessa área?
Fiz um comentário com o Luiz Felipe Scolari e com o Parreira. Não gostaria de ver o nosso Hino Nacional sendo cantado pela torcida toda e alguns jogadores mascando chiclete, ou arrumando a meia ou até se aquecendo. Eu ficaria muito feliz se houvesse uma mudança nesse comportamento. E felizmente ocorreu para melhor.
Há alguma providência adicional?
Eu vou agora ao desejar boas vindas aos futuros integrantes da seleção brasileira, não só deixar, como temos feito, a página contendo a letra do Hino Nacional, como também um CD especial da final do Brasil contra a Espanha [na Copa das Confederações deste ano], um verdadeiro ato de civismo dos nossos jogadores.
Então vão receber a letra impressa do Hino Nacional e um CD de como o Hino foi cantado na final da Copa das Confederações?
Isso, vai ser acrescentado o CD. Mas principalmente lembrando a determinação e o comprometimento dos jogadores como um todo.
*Quantos jogadores já convocados são considerado o núcleo duro da seleção e certos para a Copa de 2014? *
Eu e o Felipe Scolari nos falamos quase diariamente. Acredito que ele já tenha, no mínimo, 17 jogadores como certos para a Copa do Mundo.
A partir de agora haverá um privilégio de convocação de jogadores do exterior para preservar os clubes brasileiros?
Dependendo das necessidades o Felipe Scolari irá adequando as necessidades dos clubes. Claro que a seleção terá total prioridade. Mas vamos procurar adequar.
Quantas cidades de fato serão sede da Copa do Mundo? 10? 12?
Todas as 12 estarão com os seus estádios concluídos. Tudo estará pronto.
Nesse caso o estádio de São Paulo, do Corinthians, estará pronto e vai abrigar o jogo de abertura?
Não tenho nenhuma dúvida de que a abertura será em São Paulo, na Arena Corinthians, em Itaquera.
Como o sr. se sentiu na abertura da Copa das Confederações, em Brasília, quando a torcida vaiou Joseph Blatter e a presidente Dilma Rousseff?
O público frequentador de estádios é totalmente diferenciado de qualquer outro público. Sempre corremos o risco de algo surpreendente. De qualquer forma, a nossa presidente deve ser tratada com o maior respeito, em qualquer local.
Sempre se fala que a relação entre a CBF e a presidente Dilma é apenas protocolar. É isso mesmo?
Nós temos o relacionamento necessário e indispensável entre duas instituições, a Presidência da República e a CBF. É o relacionamento necessário porque temos funções distintas. Ela tem a função de dirigir o país. Nós, de cuidar do futebol brasileiro.
A presidente Dilma deve ir à abertura da Copa do Mundo?
A presidente foi convidada, mas somente a sua agenda é que irá dizer dessa possa possibilidade.
O sr. recomendaria a ela ir?
Essa é uma questão de foro íntimo. O que posso dizer é que ela será sempre bem-vinda. É um prestígio para todos nós.
O prédio da sede nova da CBF foi adquirido de uma forma que levou a uma interpretação de que houve superfaturamento. O que ocorreu?
Não tem a menor procedência. Falaram em conjuntos e salas. É um edifício de três blocos com praticamente 7.000 metros quadrados de construção, descontada a área de garagem. Também foi composta uma comissão com o diretor jurídico e presidentes de federações. Todas as avaliações apresentadas e o IPTU do imóvel correspondem ao preço pago. Hoje, o prédio vale, no mínimo, o dobro.
No caso da sua propriedade na rua Colômbia, em São Paulo, há uma acusação de que o sr. teria incorporado um terreno público adjacente. Houve isso?
Totalmente improcedente. Era uma praça abandonada que servia esconderijo para assaltantes e que foi apenas remodelada e jamais usada como meu patrimônio.
Não foi anexada?
Nunca foi anexada e nunca foi usada. Isso vai ser comprovado através dos esclarecimentos necessários e pelos processos movidos.
O sr. foi convidado para depor na Comissão Municipal da Verdade. Mas não aceitou o convite. Por quê?
Porque não tenho nada o que fazer lá. Nunca tive absolutamente nada com os fatos mencionados. Querem transformar uma mentira repetida mil vezes em verdade. Um pequeno aparte dado em 1975 referente a obras realizadas pelo governo do Estado de São Paulo e não divulgadas por uma emissora sustentada pelo governo de São Paulo. Não tem nenhuma relação com o episódio relacionado por aqueles que me convocaram. Não tenho nada a ver e nunca mencionei esse nome e nem vou mencionar agora.
