O grupo de manifestantes que ocupa a Câmara Municipal do Rio de Janeiro há mais de 24 horas decidiu permanecer no local após se reunir neste sábado (10) com o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), e com outros três vereadores. Cerca de 60 pessoas estão no prédio, que fica no centro da cidade.

O peemedebista disse que, sozinho, não poderia decidir sobre os pleitos e propôs aos manifestantes a realização de uma nova reunião, na próxima segunda-feira (12), com todos os vereadores da Casa para que as reivindicações deles fossem discutidas. A oferta não satisfez os manifestantes, que cobraram uma resposta oficial da Câmara.

Em plenária, eles decidiram exigir a anulação da reunião de instalação da CPI dos Ônibus e a realização de nova sessão para instalar a comissão "de forma legítima". Segundo os manifestantes, essa é a principal condição para que eles deixem o local.

Os manifestantes exigem também que a nova reunião aconteça no plenário, com acesso irrestrito a toda a população, a saída dos vereadores Chiquinho Brazão (presidente), Professor Uóston (relator), Jorginho da SOS e Renato Moura da CPI, que só possam participar da comissão os vereadores que assinaram em favor da instalação da mesma, que o autor da CPI dos Ônibus, vereador Eliomar Coelho, seja o presidente da comissão, e que todas as reuniões sejam programadas e divulgadas com antecedência e garantam a participação popular.

Ao lado do presidente Jorge Felippe, estiveram os vereadores Reimont (PT), Jefferson Moura (PSOL) e Renato Cinco (PSOL). O encontro deste sábado contou também com a presença do tenente coronel Mauro Andrade, que desde a tarde de sexta tem representado a PM no diálogo com os integrantes da ocupação.

Os jornalistas que estão cobrindo a ocupação na Câmara não puderam cobrir a reunião. Apenas um cinegrafista do "Mídia Ninja" esteve no encontro.

Fonte UOL