09/02/2010 – Postagem do tópico
17/02/2010 – Idéia declarada oficialmente como projeto!
18/02/2010 – Uma nova lenda surge! As Essências chegam até você
28/02/2010 – Nova screenshot! E informações sobre a produção de EE
09/03/2010 – Um pacote de fotos! Conheça a Aldeia de Ordona
04/04/2010 – EE fatura o "Best Screenshot" da revista MakerWorld #15
06/04/2010 – EE é declarado como Projeto do Mês de Março!
10/05/2010 – Confira o primeiro vídeo-preview de EE: Gameplay + Intro
...
E
então, finalmente, a idéia se torna pública... A partir de agora,
vocês, caros companheiros, conhecem o maior segredo da minha vida Maker!
O meu tão querido projeto A Lenda de Zelda - Eixos da Escuridão.
Descendendo
de duas mútuas paixões – Zelda e RPG Maker –, o rígido sonho de fazer
um jogo notável com a ferramenta que tanto gosto tornou-se gradualmente
vivaz, à medida que fui ganhando conhecimento, habilidade e,
principalmente, coragem de bolar um projeto "zeldístico". Em
alguma aula cansativa de um rápido agosto de 2009, lá estava eu, de
agenda e caneta na mão, olhando para o teto e tentando ter alguma idéia
genial para um bom projeto de RPG Maker. Lembro-me que, na época, eu
estava morrendo de vontade de fazer um jogo para pôr as minhas
habilidades à prova, para provar que eu era um bom maker e todos os anos
de tentativas e fracassos não haviam sido em vão. Porém as aulas iam e
vinham, e as idéias permaneciam muito distantes da minha cabeça. Até que
uma flecha me acertou: "é claro! Por que não um projeto de Zelda?".
Bem, era muito simples responder à pergunta: "porque eu não sou capaz de
montar um jogo tão complexo, FATO". Só de pensar nas horas que gastaria
para desenvolver tudo o que queria – todos os sistemas, todos os
gráficos, todas as puzzles e dungeons, todo o enredo... – (pois, sendo
fã do jeito que sou, não me permitiria fazer algo que "sujasse" o nome
da série), já dá pra imaginar o que se passou pela minha cabeça, não? E
foi aí que me ocorreu ainda outra coisa: "por que diabos não tentar?". O
incrível é que, a partir desta pergunta, algumas coisas dispararam para
a minha mente, e eu já me vi escrevendo idéias e projetando as
possibilidades de como seria o meu jogo. E então eu comecei a correr
atrás das coisas: do que não sabia fazer, de outros fangames de sucesso,
de assuntos que possivelmente me inspirassem, de pessoas para me ajudar
com o que eu não sabia fazer... E não é que funcionou? As primeiras
semanas dedicadas ao projeto foram relativamente significativas,
principalmente em relação às idéias que um amigo me sugeriu, mas logo o
ânimo foi acabando e eu mergulhei na onda da enrolação – que era o que
eu mais temia acontecer. Entretanto, mesmo que fosse por alguns minutos,
eu sempre abria o documento de idéias e revia o que já havia proposto a
mim mesmo e acrescentava uma coisa aqui e ali.
Por fim, acabei reanimando com minhas próprias idéias e agora estou dando o meu máximo para conseguir um resultado satisfatório!
Vamos por fim, depois de tanto falatório, mostrar algumas coisas sobre a idéia em si.
Em A Lenda de Zelda - Eixos da Escuridão,
o meu foco é "fazer diferente mantendo o original". Ou seja, ao mesmo
tempo em que eu opto por manter o clássico modo de jogo da série Zelda, a
inovação e o originalismo são coisas que procuro sempre deixar
estampados na cara do projeto; seja gastando horas na elaboração de um
sistema, seja ripando, redimensionando e recolorindo gráficos, seja
apenas buscando uma nova palavra para a fala de um NPC.
A história do
jogo, é claro, tem fortíssimas ligações com o vasto enredo original
pregado pelos títulos da série. Todavia eu adianto-lhes dizendo que a
relação do projeto com jogos já lançados é nula, para que evitem-se
perguntas posteriores do tipo "seu jogo se passa antes ou depois do
Ocarina Of Time?" ou "fulano não tinha o cabelo de outra cor?". Assim
como eu acredito serem os jogos de Zelda, o meu projeto contará a lenda
da princesa de sua própria forma; como se cada jogo fosse um historiador
distinto, que conta o que aconteceu através dos séculos.
Sobre os
quesitos de autoria: toda a ala gráfica do projeto está sendo
desenvolvida por mim; tilesets foram ripados, alguns criados, outras
coisas redimensionadas e recoloridas. Pode ser que eu disponibilize os
recursos posteriormente, mas, por ora, peço o mínimo de bom senso dos
companheiros para que respeitem o meu esforço e trabalho. Acredito que
vocês consigam entender.
Bom, vamos agora embarcar numa expedição rumo a um mundo peculiar!
Para
que se estabeleça o cenário desta aventura do lendário herói de Hyrule,
é importante conhecer os mitos que rondam os vastos campos da nossa
terra. Cada cultura tem mitos e teorias sobre a criação dos seus mundos,
e pode ser proveitoso e divertido examiná-los em profundidade, pois
frequentemente afetam a estrutura social dos dias atuais. Dizem as
lendas que os deuses mitológicos de Hyrule tinham como seu povo
escolhido os Hylians, e acredita-se que essa civilização tenha deixado
pergaminhos pelo tempo, que são a fonte originária dessas histórias...
Spoiler :
"Dizem
que segundo os pergaminhos Hylian, os deuses mitológicos vieram de uma
galáxia distante para o mundo e criaram a vida e a ordem. O Deus do
Poder tingiu as montanhas de vermelho com fogo e criou a terra. O Deus
da Sabedoria criou a ciência e a magia, e trouxe harmonia à natureza. E o
Deus da Coragem, através de justiça e vigor criou a vida – os animais
que rastejam sobre a terra e os pássaros que voam nos céus. Depois de
terem terminado sua missão, os deuses partiram da terra, porém não antes
de criar um símbolo de sua força; um triângulo dourado chamado de Triforça. Uma pequena porção porém significativa da essência dos deuses foi deixada nesse poderoso símbolo que deveria guiar a vida inteligente do mundo de Hyrule."
"A
Triforça tinha a capacidade de conferir três títulos, os quais
concederiam grande poder à pessoa que os recebesse: 'O Dominador do
Poder', 'O Detentor do Conhecimento' e 'O Possuidor da Coragem'."
"Com
seu sangue impregnado de magia, os Hylians eram dotados de poderes
psíquicos e dons mágicos. Contavam também que suas orelhas compridas e
pontudas permitiam que eles ouvissem mensagens especiais dos deuses, e
por isso eles eram tidos em alta estima por muitas pessoas. Seus
descendentes estabeleceram-se em diversas partes do mundo e transmitiram
seus conhecimentos e rituais de magia para todos. Porém, nesse
processo, a tradição da magia foi muitas vezes distorcida ou
completamente perdida..."
"Onde o céu irradia ouro e não azul
É a morada da verdade
Lá, o poder da grande Triforça
Transforma sonhos em realidade"
O Livro de Mudora
Em
Hyrule existem muitas construções que são mencionadas repeditamente nas
lendas. Essas construções, que agora são apenas ruínas, pálidas sombras
de seu antigo esplendor, estão fortemente ligadas à Triforça. Dizia-se
até que algumas delas a hospedaram...
Alguns afirmavam que a Triforça
repousava embaixo do deserto, outros alegavam que ela jazia no
cemitério à sombra da Montanha da Morte; porém, ninguém jamais a
encontrou. Essa busca desenfreada logo transformou-se em ambição pelo
poder, e a única motivação que restou entre aqueles que buscavam o
triângulo dourado era a pura ganância.
"Quando os ventos do destino sopraram escuridão,
E o grande muro da luz foi destroçado
Os sábios hylians não tiveram opção
Senão rogar aos céus o seu protetorado"
Alguns
antigos dizem que, quando a Terra Dourada foi supostamente invadida
pelo mal, Hyrule mergulhou em épocas de caos e desespeiro. Quando a
esperança se esgotou, os mais sábios apelaram para os deuses: pediram
para que o sofrimento cessasse de uma vez. E assim dizem ter acontecido;
toda a terra de Hyrule foi então banhada pelas águas sagradas, que
lavaram, de uma vez por todas, as raízes e os vestígios malignos.
Essa
teoria é reforçada por aqueles que dizem explicar o surgimento de
lugares como o imenso e profundo Lago Hylia, e outros ousam afirmar que
os Zora, o povo das águas, descendem de uma linhagem que sobreviveu ao
grande dilúvio da época.
Segundo as histórias de Vovó Ellen, ao descerem às terras de Hyrule, os Criadores deixaram a chave para a Terra Dourada: as suas Essências.
Dizem
que aquele que possuir as chaves abrirá os portões do espaço para o
futuro que quiser; e quem o definirá é o seu próprio coração.
Mas estas, bem... Estas são apenas lendas...
Com
seus verdes campos e suas lindas flores, Hyrule estende-se por grande
território, equilibrado-se entre água e terra e envolvido pela nobre e
pacífica satisfação de todos os que a habitam.
Apesar da riqueza de
lugares particularmente únicos em sua extensão, pouco se sabe sobre o
passado da região. Não se tem idéia da origem, da procedência e tampouco
do acontecido ao longo da história dos hylians. Não se sabe também em
que ponto do tempo ficaram perdidas todas essas ricas informações.
Os
únicos vestígios do antigo passado são as lendas contadas pelos
habitantes mais antigos, aqueles que embelezam a magia e ressaltam o
poder de três deuses e de uma figura, conhecida por sua bravura e
coragem, como o Herói do Tempo.
E ao sul das imensas florestas da província de Faron está o ponto inicial do nosso jogo. A Aldeia de Ordona
abriga uma pequena e pacata população, que sobrevive dos próprios
esforços, gozando de plena quietude e paz para o crescimento. À luz do
dia é comum ver as crianças correrem pelos gramados e se banharem no
rio, atazanando a vida dos adultos que pedem silêncio para poderem
pescar em paz. Em noites especiais, ninguém, nem mesmo os mais velhos,
se recusam a sentar diante da cadeira da Vovó Ellen para escutar as mais
diversas lendas e os mitos que enriquecem os corações e ambições
daqueles que vêem a vida como uma longa estrada pela frente.
Porém,
em um certo dia, algo estranho começa a acontecer... A Vovó Ellen
adoece repentinamente. Nem todos sabem disso, mas ela passa agora a
maior parte do tempo dentro de casa, sem fazer muito contato e, a
maioria das vezes, em repouso.
Em uma calma tarde em Ordona, cabe a
você ir atrás de Maple, a Bruxa, pois, com toda a certeza, ela deve ter
uma receita para curar a nossa boa velhinha contadora de histórias.
O que será que está acontecendo?
Como todo bom e velho projeto de RPG Maker, esta é a seção onde vocês poderão conferir as novidades mais objetivas sobre o jogo.
No
momento, o projeto não conta com quase nada pronto nem definitivo
(principalmente gráficos), com exceção dos sistemas que estão sendo
elaborados.
Vídeo-preview
exemplificando a introdução e parte do gameplay ao decorrer dela. Vale
lembrar que muitas coisas ainda estão em fase de construção, tais como
as telas iniciais e sistemas como o de passagem por escadas.
E,
por enquanto, pessoal, isso é o que tenho a dizer e a lhes apresentar. É
um desafio e tanto para mim fazer um jogo no nível em que eu quero que
ele fique, porém eu pretendo lutar até o fim – independentemente de
quanto tempo leve – para concluir esse projeto que, querendo ou não,
será muito mais do que especial na minha vida.
Espero que tenha
agradado a todos, e espero também que critiquem assim que tiverem
contato com algo mais sólido que não seja a idealização apresentada
neste tópico.
Gostaria de adiantar também que a história presente
no tópico não é exatamente o que se mostra centralizado no jogo – achei
que dizendo algo muito crucial, como os detalhes desenvolvidos a partir
do início (que são os mais gostosos de serem explorados), talvez
perdesse o sentido de estar tudo às escuras –, pois acredito que a graça
de se jogar um Zelda está em quebrar a cabeça para entender o que se é
desenvolvido.
Espero que tenham gostado e que anseiem por novidades!
Talvez
seja um pouco cedo, mas creio que nunca é tarde demais para agradecer a
pessoas que te apóiam e que dão suporte para que o seu trabalho saia do
jeito que você quer.
Em primeiro lugar eu gostaria de agradecer aos meus grandes amigos Dattz e Matt RvdR, por estarem sempre ao meu lado e me ajudando, mesmo que involuntariamente, a seguir com a minha vida maker.
Quero deixar também muito claros os meus agradecimentos a Zé Coméia,
por me deixar contar com sua majestosa habilidade, paciência e seu
incrível auxílio prestado na ala de programação de scripts do projeto; e
também pela boa vontade em me ajudar mesmo que estivesse nadando nos
exames de fim de ano.
Um forte abraço ao Cronus, por
ser uma luz inspiradora, não só para mim, mas para muitos dos makers
que têm acesso ao seu impressionante trabalho com um RPG Maker nas mãos.
Muito obrigado pelas dicas, pela paciência e pela força que você dá!
Agradeço Gabriel Winchester por ser um amigão de ouro, pelo incentivo e por ser engraçado. Ao Gleen, pela boa vontade de me mostrar idéias de um projeto morto para que eu pudesse progredir. E ao grande CrazyNero, por se lembrar de mim, e, sem saber, me motivar a continuar com o trabalho do projeto.
Aqui fica também um super obrigado a Klarth,
responsável pelos maravilhosos scripts de load/save completamente
customizados. Espero que você volte logo para fecharmos o resto do
script que está faltando, hahah!
Um super obrigado ao Fllip,
criador de "Zelda - Secret Of Kokiri", que disponibilizou, sem nenhum
receio, todos os seus sistemas muito bem bolados para que eu pudesse
estudá-los com vontade.
Ao pessoal da HacredSall,
minha família online, eu mando um abraço super apertado. Porque, apesar
dos pesares, do que disserem, nós somos uma comunidade repleta de
makers competentes e capazes. Vocês fazem os meus dias mais felizes!
Um "obrigadasso" recheado de gratidão ao Everton, que foi um dos grandes idealizadores do enredo principal sobre o qual se desenvolve a história do jogo.
Um beijo grande e apaixonado para a minha musa inspiradora Luara, cujo apoio e incentivo têm me ajudado de uma forma inexplicável. Obrigado por acreditar nos meus sonhos! Você é incrível!
Um
eterno agradecimento ao meu pai, por ter comprado, em meados da década
de 90, o cartucho de SNES que mudou a minha vida para sempre: The Legend
Of Zelda – A Link To The Past, e por ter me apresentado esse mundo
sensacional por trás da telinha preto-e-branco.
E por último mas não menos importante, a você, MakyBory, por ter tido a paciência de ler o tópico até aqui.
Se
esqueci de alguém, não se importe, eu sou meio cabeça-de-vento às
vezes; se você me ajudou, sabe que sou grato por isso, e, provavelmente,
com o passar do tempo eu vou me lembrar e vou colocar aqui, hahah.
Muito obrigado!